Ainda está cedo para falarmos de Natal? Considerando que as vitrines de lojas já exibem itens natalinos e promoções de final de ano, os shoppings já estão apinhados de gente e o trânsito no Rio de Janeiro já está pior do que de costume, acho que tá liberado.
Pelo menos, eu venho em paz para lembrar da parte boa dessa época!
Há poucos meses, nós nos mudamos e tivemos um ganho em metragem quadrada do espaço de sala (aqui cabe uma breve digressão: eu ia falar “upgrade da sala” quando lembrei dessa edição da “Caracteres com espaço”, que recomendo muito a leitura, sobre anglicismos e o nosso bom e velho português). Além disso, o Ravi, nosso quase nada agitado golden, está levemente menos espoleta com o passar dos anos. O que tudo isso significa? Agora temos uma árvore de Natal para chamar de nossa!
Uma confissão inicial: eu nunca fui a pessoa louca pelo Natal - eu sempre fui do time Ano Novo. Mas desde que comecei a morar com o Victor, o Natal, cada vez mais, foi ganhando espaço, meio que sem perceber.
Em uma análise longe de profissional, acho que tem que a ver com isso de querer criar tradições, momentos para compartilhar, algo de mais caseiro e íntimo com um significo todo nosso e esse imaginário foi me ganhando.
E, com a desculpa que precisávamos montar para avaliar se o produto era bom ou se a gente devolveria, montamos a árvore com um pouco mais de antecedência do que o habitual, rs. Na verdade, eu que não queria mais esperar e já queria materializar esse vontade de alguns natais passados.
A árvore virou um passo para construção de tradições tanto nossas quanto um resgate de gerações. Nessa empreitada, eu reivindiquei ornamentos bem antigos da minha mãe - até compramos uma pistola de cola quente, arrumamos os que já estavam mais pra lá do que pra cá - que eu queria que estivessem com a nova geração da família.
Além desses enfeites, colocamos algumas lembranças de viagens que fizemos - um Pinóquio da Itália; um soldadinho de chumbo da nossa lua de mel na Croácia - e alguns enfeites que recebemos de presente.
Assim, a nossa árvore vai montando o retalho de experiências que nos trouxeram até aqui e como queremos que isso seja celebrado! E qual será o retratado na árvore do ano que vem? Veremos!
Com essa deixa, também vamos celebrar o primeiro Natal das famílias na nossa casa. O encontro e presença das duas famílias é algo que valorizamos sempre e, pela primeira vez, podemos fazer isso abrindo o nosso lar no Natal - sem dúvida será um evento com mais pessoas do que cadeiras, mas preparado com muito cuidado e carinho.
E, para somar com essas tradições de Natal, descobri uma nova, que me encheu os olhos. Outro dia, nas entranças da internet, descobri a tradição islandesa “Jolabokaflod”, segunda a qual, na véspera de Natal as pessoas presenteiam com livros e passam a noite lendo, bem aconchegadas. Essa, definitivamente, parece uma brincadeira que pode ser adotada aqui em casa e que, espero, vire uma tradição consolidada na família.
Em meio à loucura do final de ano, é bom demais se dar conta, enquanto está em curso, o quão linda é uma fase que estamos vivendo. Mal posso esperar para as próximas experiências e tradições que vamos criar juntos.
Copo térmico com canudo: parece ridículo, eu sei, mas isso mudou a minha vida, rs. eu tinha muita dificuldade de beber água durante o dia, acabava esquecendo, a água esquentando no copo, um horror. Ganhamos em um congresso um copo térmico com a opção de colocar canudo e, do nada, minha rotina de beber água mudou. O canudo me fez beber muito mais água, eu não sei qual é a mágica, mas é real - eu já tinha ouvido alguém falar sobre isso, mas não tinha colocado fé. Mas não vale ser aquele bocal, é realmente canudo! E por ser térmico parece sempre que a água acabou de sair da geladeira, qualidade relevante nos (quase) verões cariocas. Quase dá uma edição só sobre isso, mas dica boa não pode demorar rs.
Chás Moncloa: na edição passada comentei da minha conversão ao chá e agora trago dica uma versão brasileira. Considerando o calor que faz por essas bandas, é bom destacar que várias opções também podem ser servidas geladas. Por aqui escolhemos provar o “Wonderland”, é uma delícia e ainda tem um aroma que realmente lembra o Natal.
Panqueca (ou Waffle) da Flamboesa: a receita da massa serve para panquecas ou waffles (como na foto abaixo), mas acho que especialmente as panquecas têm a cara dessa época do ano.
Amei o relato sobre a construção de uma tradição nova! Realmente é muito bom notar e apreciar as fases que vivemos!! Ps.: quero essas panquecas o n t e m <3